quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dr. ignorante!

A ignorância é uma coisa que não tem explicação mas certamente atormenta os mais atentos. Será com a ajuda desses iletrados que se criaram - e estão a criar - as maiores clivagens da história humana recente?
Portugal tem um superávite de gajos visivelmente incultos a opinarem sobre história, economia, política, religião, filosofia, sei lá, talvez também sobre chinquilho e as doenças sexualmente transmissíveis entre as hienas sem que tenham lido ou aprendido uma única linha sobre qualquer desses assuntos!
Maus alunos, incrementarão sempre a classe dos maus cidadãos!
Normalmente os povos sem história, que não é o nosso caso, tendem à pratica da incultura, pois vencer e ter dinheiro são os objectivos primordiais duma vida em sociedade. Cultura não é o seu principal objectivo. Todos conhecem exemplos gritantes desta pratica!
Na era do estado novo, desde os tempos de escola, os portugueses  foram massacrados, quase até à exaustão, a aprenderem a história à maneira deles, onde os nossos antepassados e os então governantes eram descritos como grandes conquistadores, descobridores, vencedores e mais umas tantas coisas, por sinal, alguns até escandalosamente forçados. O lado menos bom - para não dizer péssimo - das colonizações, da escravatura, das pilhagens, da evangelização, da humilhação de tribos, isso não abordavam " a bem da nação ".
Com o Abril de 1974 surgiram as realidades sobre essa história, aparecerem outras concepções da sociedade baseada em filosofias politicas democráticas, outras talvez mais progressistas e menos democráticas, enfim, um sem número de pensamentos criados e assumidos, todos eles, como o melhor entre todos.
Surgiram então os marktings políticos, os populistas, os fazedores de opinião, o controle da informação e, a pior das piores, as juventudes partidárias que pariram os piores lideres políticos para a orla do poder!
E (algumas) pessoas foram comendo do prato!
Actualmente é essa luta entre duas facções de candidatos à governação que dominam totalmente a cabeça dos mais fracos, impreparados, na maior parte das vezes, profundamente ignorantes.
Os políticos falam, falam, falam, vão ao encontro do que as pessoas desejam ouvir, vomitando promessas e mais promessas, sem qualquer fundo patriótico ou fiável.
Dum lado atribuem aos patrões a culpa, do outro acusam os trabalhadores e os pobres dos reformados de explorarem a sociedade, enfim, levam atrás da "intervenção politica" um batalhão de patetas sem opinião própria e desprovidos de qualquer convicção social ou política mesmo que seja a maior patacoada.
Agora os alvos são os refugiados e os muçulmanos, todos metidos no mesmo saco, que estão na calha duma direita cega e sem qualquer base filosófica crível para salvar os países ocidentais em profunda crise de identidade económica, social e humanista.
Dizem que é para matar, mata-se!
Dizem que é para odiar, odeia-se!
Dizem que é para dizer, diz-se!
Dizem que é para votar, vota-se!
Pobre do futuro deste povo entregue aos velhos dos restelo iletrados ou revoltados por terem perdido as benesses dum regime finado, mas principalmente desta nova geração rasca, uma parte passada no secundário com os facilitismos do plano educacional, a outra pronunciando o "dr." atrás no nome logo após obter um bacharelato dum curso comprado na privada ou com as cunhas dos papás mas que escrevem com mais erros que os alunos da 4ª classe nos anos 60!
Os velhos como eu depressa morrerão e, felizmente, finar-se-ão as baboseiras que ainda dizem!
Agora, com muita pena, tal como estão, as novas gerações serão o futuro para a decadência completa dum país e da própria europa!