sexta-feira, 15 de maio de 2015

Dor no ânus!


Sinceramente há dores lixadas mas perfeitamente encruzadas numa sociedade massificada de incultos, repleta de habilidosos da vida que de alguma forma não foram vencendo da forma que queriam. 
Uns casaram com um ou uma parceira rica e herdarem o sustento. 
Outros foram obrigados a pegar na enxada bem cedo para haver comida na mesa da família. 
Outros ainda, escolheram a vida da esperteza, bebendo e comendo aqui e ali, isto é, viveram e vivem dos expedientes entre amigos e conhecidos. 
Não é que sinta profunda xenofobia pelos espertalhaços, talvez antes um sentimento de asco, mas é um facto que esforçam-se muito mas nunca sairão da sua mediocridade na limitada quinta que os recebe apesar de, na primeira oportunidade, meterem-se em bicos dos pés para chegarem alto. 
Podiam instruir-se, largarem o "facebook" a sua única referencia, mas preferem demonstrar publicamente a sua parca dimensão intelectual onde parece sentirem-se grandes heróis. 
Eles são mecânicos, isto é, profundamente preparados para serem engenheiros reconhecidos, saindo por aí opinando sem pestanejar sobre a quantificação dos esforços numa estrutura de betão da ponte da aldeia.
Eles são talhantes de bata branca, logo médicos credenciados de anatomia animal mas sem estetoscópio ao pescoço, mas prontinhos a falarem com conhecimento profundo do vírus da gripe h3n2!
De ranho a cair do nariz enquanto catraios, fugindo a acabar a 4ª classe deram uns pontapés na bola de trapos, experiência que fez deles os mais e melhores entendidos de futebol, arbitragem e, quiçá, de gestão do clube da sua preferência! 
No facebook quase tenho um ataque de riso quando leio opiniões de uma data de pintarolas que tiraram a carta de condução há dois anos, mas já reivindicando o estatuto do Niki Lauda ou do Loeb da rua deles, dando-lhes o direito de ditarem as leis ideais para o desporto automóvel ou como e onde se deverão fazer as corridas! 
Enfim, pelas mais diversas razões infelizmente muitas pessoas não "tiveram pais ricos nem foram ao BES" o que não obstou a que perdessem a humildade de aceitarem as limitações de instrução das suas próprias vidas, para pretenderem encarnar aquilo que não são. Aliás, na minha ideia os piorzinhos são os inqualificáveis cínicos esofágicos que apesar de terem meia dúzia de vinténs discutem sempre o gasto de um!!! 
Eles falam de tudo, pior ainda, quando o sapato é maior que o pé deles, enveredam pela critica básica de quem não percebe patavina de sapatos, dando a entender uma rebeldia de quem nunca teve a possibilidade de comprar um par de Aubercy ou no mínimo uns Bali. 
Por acaso tive uns Bali em 1970 mas não é por isso que me viram alguma vez em bicos de pés. Por acaso até dava jeito andar sempre com um banquinho portátil pois a natureza não foi nada generosa na altura que me deu! 
Tenho muita pena, é tremendamente injusto e pouco aceitável para quem, como eu, tem preocupações sociais constatando haver quem tenha muito e outros tão pouco. 
Mas o valor moral e intrínseco que cada um devia possuir, nada tem a ver com as suas posses ou oportunidades que a vida não lhes proporcionou mas teimosamente, diria mesmo ridiculamente, vincam uma ambição de quererem ser quem não são nem nunca serão. 
A legitima opinião de cada um nem sempre tem de ser ridícula e incompetente. Devia haver a noção do bom senso em só se permitirem falar do que sabem e não desejarem o que é impossível!
Em outra altura escrevi que a "aia da princesa nunca chegará a rainha" morrendo aia, sem apelo nem agrado!
Não sei qual será a melhor expressão para por na testa de toda esta gente: 
Se dor de cotovelo ou se dor de corno? 
Para mim faz mais sentido ser "dor no ânus" porque cag...&%$#@ muitas sentenças!

Tu d'alto dessa janela
verseje para ti me pedes
 dás o mote "beijo triste".
Pois então este que vedes
passar na rua roto e nu
da-me um beijo no cu
eis o teu beijo triste!!!

(Autor desconhecido)