terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Já, mas não!

Hoje não me apetece escrever idiotices! 
Vi uma frase por aí com a qual me identifiquei, agradou-me e fui ter com o meu grande amigo Zé Google e não é que tropecei em vários textos idênticos, alguns repletos de mariquices femininas e banalidades amorosas  mas, entre todos, este que publico estranhamente impressionou-me, o que não é fácil, com tamanhas coincidências temporais da vida vivida por todos nós: 

« Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim. 
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz. 
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava. 
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... 
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais. 
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria. 
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava. 
Já chamei pela mãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda. 
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. 
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! 
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! 
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. 

" Autor: aka "bart" »

Tenho pregado muitos sermões sobre a amizade, hoje tão promiscua e banal nas redes sociais. 
Tal como a relação conjugal é um enredo complexo, com responsabilidades assumidas, pior ainda é levar com os tais "amigos" da hóstia para, mais tarde ou mais cedo, cairmos na realidade dos factos por nos estarmos a oferecer a quem não merece, configurando a tal verve de "dar pérolas a porcos"! 
Infelizmente já me aconteceu vezes demais mas a verdade é que continuo a ser, mesmo assim, um homem super feliz em fazer novas amizades, pois ainda conservo a consciência e lucidez suficientes para saber que pecarei o mesmo pecado vezes sem fim até ao fim da minha vida! 
Com mais alguns cuidados acrescidos, mas pecarei outra vez, lá isso será verdade sim senhor!
Aliás já dizia um antepassado meu com alguma lógica:
"A única coisa que podemos ganhar ou perder são os Amigos!"

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Palhaços?!

Como todos, desde pequenino tenho encantamentos, por exemplo, pelos grandes espaços da natureza, o mar, o céu, a paisagem e, sem duvida alguma, o nosso país oferece-nos maravilhosos exemplos.
Outra das minhas admirações, já o aqui disse anteriormente, são os animais em liberdade, os quais também abundam no nosso cantinho. 
Mas apesar da beleza ou inferior garbo são as pessoas propriamente ditas que maiormente focam a minha atenção, neste caso e infelizmente com algumas ( poucas ) excepções. 
Enquanto nas duas primeiras situações será assimilável por qualquer dos meus nobres amigos, no último caso, as pessoas, provavelmente nem tanto. 
Quando miúdo era atacado por estranha dicotomia pois nunca gostei de circo pelos palhaços, mas adorava ver os animaizinhos a fazerem gracinhas e, vá-se lá saber porquê, das fatiotas das trapezistas puxadas anca acima!!! 
Não tenho qualquer trauma com palhaços de nariz vermelho, bem pelo contrário, respeito muitíssimo esta arte de fazer rir os mais infantis, mas há ali um “petit rien” que não consigo entender, nem nunca perdi um segundo a analisar isso! 
Na minha despreocupada ideia, gosta-se ou não, ponto final! 
Sou um apreciador de todas as formas cénicas, dos que habilmente e sem darmos por isso os actores transportam-nos magistralmente para um mundo ficcionalmente diferente transmitindo a sensação de vivências, algumas mesmo irreais como o Super Homem, ou o James Bond! 
Mas acima de todos estes sabores vivenciais nutro um grande fascínio pelos imitadores porque além de actores sublimes conseguem em simultâneo a atenção para o imitado e para o imitador transportando-nos para o mundo duplamente surreal! 
Sou um sonhador de olhos teimosamente bem abertos! 
Nada pior para quebrar estes meus fascínios e gostos do que um mar poluído, um dia cinzento, animais aprisionados, palhaços cretinos, actores maus e imitadores infinitamente medíocres! 
Tenham um BOM DIA, azul e sol, na companhia de pessoas interessantes!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Papagaio do taberneiro!

Olá, kraaa, quero bolacha, kraaa!!! 


Quem da minha idade não se recorda das antigas tabernas terem pendurado à porta um palratório papagaio, daqueles trazidos de África, cinzentos e vermelhos, dando estridentes assobios e palrando um rol de vitupérios?
Os tais assobios e as car...&%$@ eram ensinados a finco pelo taberneiro para o bicho repetir vezes sem conta e assobiar quando passasse aquela vistosa sopeira vinda das berças para  servir e ganhar o pão que o diabo amansou nas casas dos "senhores". Elas chegavam ainda de bochechas vermelhas, com carnes redondas e anafadas, as mesmas que hoje serão apelidadas de “técnicas de higiene e limpeza”, para logo serem assediadas pelo taberneiro. magalas e bêbados através do papagaio ensinado! 
Aliás havia até uns tasqueiros, provavelmente pais genéticos dos políticos de hoje, que ensinavam os papagaios a gritarem “viva Marcelo” para agradar aos pides que se conheciam à légua pelas meias pretas e a gabardine vestida em tempo de sol.
Pluri-conhecedores de todas as matérias permitidas, futebol e Fátima, faziam a cabeça dos coitados dos loiros quais comentadores das tv’s actuais, provocando-os para emitirem um ruidoso assobio, ou um "vai à merda" seguido dum ainda mais sonoro “viva o benfica”! Aliás o condicionado vocabulário cingia-se a meia dúzia que frases soltas gritadas sem nexo ou sentido!
Em boa verdade sempre existiram papagaios com donos do contra, que eram decapitados na primeira oportunidade que o bufo do regime detectava o tão perverso animal "comunista" por gritar “morte ao Salazar” enquanto o taberneiro, de avental à maçom,  disfarçava nervosamente o facto limpando apressadamente o balcão de pedra dos múltiplos pingos de vinho tinto entornados dos “copos de três” engolidos uns atrás dos outros pelos habituais beberrões da época, os tais operários que hoje se chamam “ técnicos de manutenção” de qualquer coisa.

domingo, 1 de janeiro de 2012

União ou desunião!

Que o sol, ilumine todos os libertários deste mundo, principalmente aqueles que estão limitados no seu espaço, "amarrados" por outros. 
Não, não vou falar das liberdades politicas, essas com grandes e perigosos contornos exercidos pelos lobies do poder, mas a minha preocupação hoje, quase no final do ano, vai mais ao nível pessoal e familiar! 
Cada vez mais a união é significado de coisa passageira ou temporária, tipo descartável, usa e deita fora! 
Todos sabemos que depois da separação, alguns não conseguem esconder o que de pior têm dentro de si, com incríveis e inadmissíveis chantagens nomeadamente se há filhos, tantas maquiavélicas e ignóbeis baixezas para com o/a ex! 
Desde a mais vil chantagem emocional, até ao baixo exercício de humilhação do "abandonado/a", tudo é feito com completo desprezo e desrespeito pelas boas recordações, pelo convívio, pelo sustento emocional e económico do casal, acima de tudo por tantas promessas feitas durante a união! 
Quem se quis "libertar" lá terá as suas razões, o mais provável é haver razões de ambos, muitas vezes, talvez a maior parte das vezes, assentes na fraqueza da carne e até mesmo da económica.
No entanto, deveria acompanhar esta sua opção pelo abandono da relação com o obrigatório e elevado nível de preocupação pelo abandonado/a. 
Ao contrário constata-se então que se podem permitir a fazer tudo para achincalhar, chantagear os filhos, distorcer a realidade, finalmente, delinear qual o espaço de liberdade do outro/a, mesmo que esse local seja publico. 
Quer isto dizer que a partir de agora "eu posso usar esta rua mas tu não e se por lá passares estarás a provocar-me"!
Está tudo louco ou quê??? 
Quem aceita isto??? 
Todos sabemos que há muita gentalha por aí, aliás sempre houve, procurando um lugar confortável à sombra da bananeira, principalmente dos/as quem têm uma boa conta bancária para logo se assistir ao milagre da transformação dum lobo mau e carnívoro no mais singelo e cândido cordeiro. 
A interrogação de hoje é saber-se por quanto tempo, pois mais tarde ou mais cedo o milagre vira pesadelo mas isso é lá com ele/a!
Será contra esta prisão mental e física que me insurjo hoje, exercida sem qualquer respeito sobre outro ser humano, naturalmente praticado por quem certamente nunca foi bom!!!
Até porque está um lindo dia de sol, óptimo para recomeço duma vida nova, mas em liberdade, tenham, por isso, um muito bom ano novo!