A ignorância é uma coisa que não tem explicação mas certamente atormenta os mais atentos. Será com a ajuda desses iletrados que se criaram - e estão a criar - as maiores clivagens da história humana recente?
Portugal tem um superávite de gajos visivelmente incultos a opinarem sobre história, economia, política, religião, filosofia, sei lá, talvez também sobre chinquilho e as doenças sexualmente transmissíveis entre as hienas sem que tenham lido ou aprendido uma única linha sobre qualquer desses assuntos!
Maus alunos, incrementarão sempre a classe dos maus cidadãos!
Normalmente os povos sem história, que não é o nosso caso, tendem à pratica da incultura, pois vencer e ter dinheiro são os objectivos primordiais duma vida em sociedade. Cultura não é o seu principal objectivo. Todos conhecem exemplos gritantes desta pratica!
Na era do estado novo, desde os tempos de escola, os portugueses foram massacrados, quase até à exaustão, a aprenderem a história à maneira deles, onde os nossos antepassados e os então governantes eram descritos como grandes conquistadores, descobridores, vencedores e mais umas tantas coisas, por sinal, alguns até escandalosamente forçados. O lado menos bom - para não dizer péssimo - das colonizações, da escravatura, das pilhagens, da evangelização, da humilhação de tribos, isso não abordavam " a bem da nação ".
Com o Abril de 1974 surgiram as realidades sobre essa história, aparecerem outras concepções da sociedade baseada em filosofias politicas democráticas, outras talvez mais progressistas e menos democráticas, enfim, um sem número de pensamentos criados e assumidos, todos eles, como o melhor entre todos.