sábado, 28 de dezembro de 2013

Funeral de 2013!

Uma coisa é ter piada. 
Outra, bem diferente, é ser engraçadinho! 
Neste final do ano, depois de decorridos quase a totalidade dos 365 dias, tenho de concluir que já não acho piada nenhuma aos engraçadinhos do governo e dos coniventes que lhes ofereceram o poleiro a troco de nada, nem da responsabilidade exigível e necessária de cumprirem bem o cargo para que foram eleitos! 
As desculpas esfarrapadas destes farrapos políticos que se ouviram ao longo do ano sobre a culpa de tudo isto, cada vez com mais argumentos cretinos, mentirosos e infames para um povo que eles consideram estúpido, e o é, mas não tem piada alguma fazer deles o bode expiatório das incompetências decorridas durante mais de 30 anos por esta pobre e inapta classe política. 
Gastamos demais, dizem eles, agora nem para sobreviver têm alguns milhões de pessoas por culpa dos incompetentes dos políticos eleitos! 
Ninguem esclareceu os ignorantes deste poveco que a caterva de cartões e créditos incentivados e distribuídos à la horda pelos bancos e grandes grupos económicos de consumo eram exactamente para aumentar o consumo na Europa que nos iam impingindo os "bens" ( importados ) e assim ficarem por cima da carne seca. 
Não sou de piadinhas indirectas, assumo o que digo e para quem digo, porque a cobardia não faz parte do meu ADN. 
As mensagens de natal e ano novo dos políticos não passam de meros exercícios de cinismo que se transmitem a toda a gente como uma bactéria epidémica, produto para manter mais um mito inconsequente e sem piada quando a esperança se finou entre quem não tem para comer, ou dar de comer aos filhos. 
O Facebook acaba por ser a montra da verdade com a estupidez de quem publica patetices sem nexo sobre a sua dualidade na leitura da miséria. 
Não se consegue esconder sentimentos e por isso mesmo, esta praga de desejos dum bom ano não passa duma mera formalidade inconsequente e mal sentida. 
Por educação e para não ferir susceptibilidades duns tantos, mas acima de tudo por uma profunda solidariedade pelo próximo que vejo sofrer, e só por esses, ainda cometo algum atentado à inteligência dos muitos desempregados, reformados, roubados nos seus salários e pensões quando estupefactos lêem essas mensagens. 
Quantos desses só desejam mandarem-me à fava por arriscar defender as injustiças e têm razão para o fazerem? Afinal eles não querem palavras mas pão na mesa, dinheiro para pagarem a casa e as despesas essenciais à sua sobrevivência e nada mais!
Daí me penitenciar e pedir-lhes desculpa! 
Nem todos têm salários ou pensões altas, não herdam as fortunas que alguém lhes deixou ou saiu-lhes o euromilhões ou a lotaria do natal. 
Nem todos estarão debaixo do capote do tráficos de influencias dos partidos a gozarem as mordomias que os nossos impostos lhes proporcionam. 
Muitas e muitos vivem apenas do seu parco salário ou da reforma mínima porque a vida é cíclica: Nascer, trabalhar e morrer sem estar à espera de dinheiro fácil! 
Por isso, dar uma palavra de esperança quando o sol já não nasce para todos, será um acto que vou deixar de cometer em 2014.