terça-feira, 30 de setembro de 2014

Cuspo para o ar!


O exercício da politica em democracia devia ser um acto nobre de cidadania por parte de todos os seus actores, partidos e população, mas não é! 
A participação democrática comanda invariavelmente o curso e a linha da sociedade, enfim, a forma decidida pelas maiorias para evoluirmos supostamente no nosso bem estar social e em comunidade, mas os resultados têm sido péssimos, principalmente em Portugal. 
Os participantes têm sido de fraquíssima qualidade, os eleitos e naturalmente os que os elegem, a maior parte sem qualquer noção da sua quota parte numa sociedade democrática honesta, mostrando a cada dia a mais profunda falta de convicções políticas baseando-se naquela filosofia básica no que será melhor para o seu quintal, demonstrando completamente que se estão nas tintas para todos os outros. 
Depois aparecem os eternos velhos do Restelo desenterrando o D. Afonso Henriques, Marquês de Pombal, Teófilo Braga, Duarte Pacheco, Salazar ou Eusébio os tais salvadores defuntos, protagonistas dos seus sonhos saídos das pobres cabecinhas sem ideias mas repletas de negrumes utópicos que já foram. 
Coitados, não evoluem, consomem-se em conceitos ultrapassados ficando-se pelas memórias!

Um povo sem o mínimo de cultura educacional, geracionalmente habituado a sentir a varinha nas costas para saberem por onde devem caminhar, continua a sacudir a sua responsabilidade colectiva para o vizinho do lado, ou esperando que alguém tome a iniciativa por si. 
Esta gente libertados do cão de pastor que os ordena não passam dum conjunto de carneiros a berrarem um para cada lado à espera do tal D. Sebastião. 
Estou marimbando se o partido A escolhe este ou aquele, se o partido B tem um velhaco à espera da cadeira do seu líder, se o partido C tem duas ou três facções! 
Ao contrario do que por aí vejo, respeito profundamente a diferença e opção dos outros, logo após um qualquer pedante ganhar a liderança dum partido. 
A minha tristeza é verificar depois um amontoar de recrutados, militantes e hooligans dos outros partidos iniciarem de imediato uma guerra de propaganda e agitação, espadeirando argumentos patéticos, quase todos profundas anormalidades, como se eles próprios e o partido que defendem não fossem feitos da mesma cáca. 
O que me cabe a mim como cidadão é se o partido A, B ou C irá parir um mau governante como tem sido apanágio. 
Todos alguma vez caímos no conto do vigário perpetrado pelos políticos escolhidos pelos partidos da área da governação, eu próprio que tenho a mania de ler e saber umas coisinhas, já caí da cadeira com a escolha, mas em abono da verdade disse para comigo que me apanharam uma vez e não mais que essa. 
Portugal nunca será um país com um povo respeitador dos actos democráticos, sejam dos partidos sejam nacionais, porque simplesmente defenderem o seu "lider" em quem votaram mas que, mesmo depois de visivelmente ter só feito merda, não deixam de vespar ferrões nos que não são da sua cor, tal qual os clubistas ferrenhos no dia seguinte a um jogo de futebol. 
Esta pratica patética acaba por confinar o nosso povo a um funil, à espera que surja o grande líder amado e venerado que adentre pelas suas casas e lhes diga como que papel têm de limpar o cu.
Assumidamente este povo adora protestar, por tudo e por nada mas, acima de tudo, quer ser um pau mandado dos partidos e dos seus lideres. 
Maioritariamente é culturalmente ignorante rejeitando há várias gerações cultivar-se para a pratica democrática e de respeito pelas opções dos outros. 
Enquanto a revolução não passar nos neurónios de cada cidadão, daqueles sempre palrantes sobre a escolha dos outros, os resultados que possam advir das suas próprias decisões ditarão eleitos maus - ou bons - mas sempre serão o reflexo dos próprios eleitores. 
Por isso não esgrimam as decisões dos outros pois vocês são tão culpados nas escolhas quanto eles pois, TODOS NÓS, já ditámos boas bostas!